O Comando Militar do Sudeste anunciou nesta terça-feira, (24) que não há
mais nenhum militar aquartelado ou em situação de sobreaviso no Arsenal de
Guerra, em Barueri (SP), em razão das investigações sobre o furto de
metralhadoras.
Em nota, o Comando informou que, neste momento, todos os
militares que trabalham no local estão cumprindo o expediente normalmente.
Os militares suspeitos de participação no furto das armas do
Exército estão sendo investigados por furto, peculato, receptação e
desaparecimento, consunção ou extravio, crimes previstos no Código Penal
Militar.
Além da investigação, militares que tenham sido omissos ou negligentes
no caso podem ser punidos na esfera disciplinar com advertência, impedimento
disciplinar, repreensão, detenção disciplinar e prisão disciplinar de até 30
dias.
O comando não informou quantos policiais estão sendo
investigados e quantos já receberam alguma punição disciplinar.
A ausência do armamento, que estava no Arsenal de Guerra em
Barueri, foi notada no dia 10 de outubro durante inspeção. Foram notadas a
ausência de 21 metralhadoras, sendo 13 de calibre .50 - capazes de derrubar
aeronaves - e oito de calibre 7,62.
A notícia fez com que o Comando Militar do Sudeste
determinasse o aquartelamento de centenas de militares da unidade e a
abertura de uma investigação para apurar os fatos.
Até o momento, das 21 metralhadoras que sumiram 17
já foram encontradas.
Na quinta-feira (19), a Polícia do Rio de Janeiro recuperou
oito metralhadoras que estavam no bairro Gardênia Azul, situado na zona oeste
da capital fluminense.
Na madrugada do último sábado (21), a Polícia Civil de São
Paulo encontrou mais nove metralhadoras.
ROMAN RAITER - JUSTIÇA AO OASE